segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Brinquedos, mas muitos...


Brinquedos dão alegria às crianças e aos fabricantes nesta época natalícia.

Crianças de todo o mundo pedem e imploram por brinquedos anunciados na televisão neste Natal, não é por acaso que são bombardeadas nos intervalos dos desenhos animados com anúncios como: "Nenuco", bonecas Barbie, "Bratz" e "Winx", animais de estimação a pilhas, consolas e jogos para "Nintento DS", "PSP", "PSP3" e até para a "2", "Wii", as consolas "Imagina" ou da "Little Pet Shop", entre tantos outros instrumentos de propaganda que cairão no sapatinho de tantas crianças.

Serão estes brinquedos o melhor que pode ser dado às crianças? Não que não se dêem brinquedos, mas não será abuso dar demasiados? É que depois muitos ficam de lado e as crianças ficam sem saber com quais brincar, além do mais, alguns perdem o interesse pelo brinquedo nos primeiros dias, algo que não aconteceria com tanta frequência se dessem mais valor às coisas. É inevitável não notar a facilidade com que os pais cedem aos pedidos, às vezes caprichosos e doentios dos filhos por algo que viram na TV. É incrível como os anúncios estão criados para tirar o tino aos "miúdos" e pô-los de cabeça para o ar a pedir algo, que na maioria não é minimamente educativo e que induz à violência ou à disputa e até a terem ideais fúteis e vazios.

Quem ainda não reparou que o Pai Natal foi quase substituído por uma avestruz denominada de Leopoldina e um hipopótamo fémea, a Popota? Parece que são os ovos de ouro de duas cadeias de hipermercados, que por acaso são do mesmo dono e que também exercem uma relação muito cativante no mundo infantil com as suas músicas, jogos e até relógios.

Falando de coisas mais sérias, tomando como comparação países com crianças que nem alimentos têm para sacear a fome e que o único brinquedo que possam ter possa ser um em 2.ª mão vindo dos países ditos "desenvolvidos", ou um carro feito por pedaços de materias que nem se sabe a origem, até podemos ser encarados como egoístas e egocêntricos com a quantidade de tralhas ignoradas que a maioria dos meninos e meninas possam ter em casa.

Como seria de esperar, os brinquedos relacionados com desenhos animados continuam a ser a delícia dos mais novos, a televisão continua a influenciar maioritariamente este tipo de consumidores que se mostram um público a ter em conta na hora de apostar em anúncios televisívos da quadra e não só.